terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mais um pouco de poesia

E que esse pouco se transforme em muito. E desse muito tire-se o essencial. E do essencial separa-se apenas aquilo que nos fortalece, nos enobrece a alma, nos dá a calma, e quando menos percebemos aquilo se transformará num muito. E quando olharmos bem veremos que esse muito é poesia. E assim sendo vos deixo com essa que é uma das minhas favoritas:


Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

Pablo Neruda

sábado, 13 de abril de 2013

Fotos que podem valer a pena

Há algum tempo que venho maturando a ideia de comprar uma câmera semi-profissional, que só pra começar a fotografar por ai, uma coisa bem amadora, ta de bom tamanho. O problema é que eu ainda não tive como juntar grana pra isso, e meu pai simplesmente não me escuta, então ta bem complicado conseguir uma, já que sou sustentado por ele. Triste fim. Mas não me abalo e to tirando umas fotos super aproveitáveis com uma câmera simples de celular mesmo. Já deu pra registrar umas imagens bem peculiares, mesmo que numa má qualidade. 

O blog passou um tempo parado ( como é de costume acontecer ), e o mais interessante de tudo é que sempre que eu volto a postar eu sou outra pessoa, com ideias novas, pensamentos novos ( boa parte dos antigos também, claro ) e isso é muito construtivo. Sempre coloco muito de mim nos meus posts, e pretendo continuar com isso até... bom, até o fim. Então deixando de enrolação, mostrarei 3 fotos que tirei recentemente. 

Essa primeira foi no pôr do sol de um sábado que seria um qualquer, porém quando me deparei com esse céu aquele mesmo sábado se transformou num dia especial. Não é sempre que a gente pode ver um pôr do sol desses. O céu está impecavelmente deslumbrante. A imagem fala por si própria. Só pra frisar que essas fotos não tem nenhum tipo de efeito.

A foto acima é exatamente o oposto da primeira. Nela o dia está raiando e estamos sendo contemplados por um enorme arco-íris. Um belo começo de manhã, na minha opinião.

E temos finalmente a foto de um lugar, pra mim, muito especial na universidade. Antigamente tinha um açude próximo ao local da foto, mas hoje está seco. Essa é a sombra ( e alguns galhos ) de uma oiticica, uma árvore que normalmente se desenvolve próximo às águas de rios, açudes e lagoas. Pra completar a perfeição colocaram uns banquinhos embaixo da árvore, o que tornou o lugar o meu favorito dentro da universidade. Qualquer horário la é frio e agradável. Simplesmente perfeito.

Então é isso, to voltando a postar, não vou parar de fotografar, e em breve vocês verão muitas fotos minhas por aqui. E quem sabe das próximas vezes eu já não esteja com uma câmera boa?!




segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ultimo post do ano

Poooise galera, mais um ano que se esvai e você ai, pensando no que você fez, nas muitas coisas, planos, projetos, mulher..ops! que na deram certo ou que por uma infinidade de fatores não se concretizaram, não deram certo..enfim..mas o que fazer afinal? Será que apenas nos acotovelarmos sobre nossas próprias cabeças..creio que não..aproveitando o último dia do ano - não que isso represente algo (necessariamente) especial ou novo ou..qualquer outra atribuição que possa ser elencada - para que possamos refletir mas não como uma passividade, uma pachorrência mental a qual serviria-nos de um álibi para obliterarmos nossa RESPONSABILIDADE sobre nossa vida, nossos atos..etc..e é isso galera! Último post do ano,..muita paz, saúde, sexo,amor,etc e todo o blábláblá que conhecemos tão bem..Cheers Folks!! 

domingo, 30 de dezembro de 2012

GUEST POST: Patriarcalismo e cultura de estupro

E é com muito prazer que venho lhes trazer esse guest post da minha colega Jackeline Lourenço, estudante de 17 anos. A conheço há pouco tempo (na marcha contra a mídia machista), infelizmente, mas muito vem me trazer admiração pelas suas ideias e sua forma de ser (espontânea e maluquinha :-x ) . É incrivel conhecer uma pessoa há tão pouco tempo e já ter essa admiração, espero conhecê-la  mais, pois sei que ela tem muito a contribuir para minha formação como sujeito cidadão crítico. Percebi seu conhecimento e sua desenvoltura após esse belo post que aqui será postado, com isso, com muito prazer, foi feito o convite oficial para que ela seja uma nova escritora desse blog. Blog esse que ainda precisa se afirmar, sei que poucos lerão, mas será um começo, tenho certeza que ele vingará um dia. Confesso que tenho pouco conhecimento do que será postado, por isso não farei comentários, enfim, leiam que é melhor.

1 – o patriarcado tem outro nome

Passados tantos anos desde a revolução industrial, o mundo ainda se encontra em um estado aparente de enguiço onde as máquinas agora se equiparam ao comportamento humano no sentido de evolução. No mesmo lugar onde é absurda a ideia de expansão mental, se instala uma obrigação de fazer uma engrenagem ir além  de seus limites e acabar por controlar o ser humano, como ser pensante. Numa releitura atual, a mídia é a engrenagem e, nós todxs, por nós mesmxs. Essa ideia de “salve-se quem puder” não tem sido pregada, mas sim bastante praticada por feministxs pós-terceira onda. Isso têm a ver com a mudança de imagem que alguns elementos tomaram desde a virada do milênio. Como um dos exemplos, o patriarcado, que antes era puramente representado pelo homem da casa, e agora têm surgido em lugares estranhos e em formatos mais estranhos ainda.  E, assim como é equivocado afirmar que um zeitgeist é completamente incapaz de se manifestar em outra época a diante, é enganoso tomar os mecanismos de defesa de uma época-circunstância anterior e praticá-lo no aqui-agora. A arma para deter o patriarcado agora é outra.

A mídia – em todos os seus formatos – nasceu como uma ferramenta passiva agressiva até se tornar esse turbilhão diário, quase que incessante, de informações multidirecionais. Como uma das grandes fontes lucrativas atuais, a mídia faz com que seu papel seja crucial em nossas vidas, chegando até a se incorporar aos receptores num grau de familiaridade incomum.  Nesse contexto, a imagem da mulher não é tão somente insultada por anúncios que reforçam um determinado padrão de beleza a ser seguido, mas também é atingida pelo exercício de DEPRECIAR a função dela na sociedade, resumindo a mesma a um símbolo de uso – objetificação.  Assim, o movimento social e seus integrantxs são vistxs como neuróticxs e completamente alienadxs por um estereótipo falso da ideologia que responde por tudo ser culpa do tal patriarcado. Esse patriarcado é o-a patrão, a tia, o padre,  bispo, o papa, o-a policial, ou até o corpo docente de uma instituição de ensino que destinado a estimular o pensamento dxs alunxs, acaba por corromper esse mesmo público. O capitalismo agora representa bem esse patriarcalismo que mostra homens e mulheres pensando erroneamente, ou ainda, não pensando. O cenário contemporâneo em que o feminismo e essa corrida tecnológica se intercalam, gera divisões de pensamentos que ora se manifestam contra as consequências dessa repressão camuflada, ora se comportam como conformistas e\ou reacionárixs diante de tantas factoides.

Nenhumx feminista quer transformar PAtriarcado em MAtriarcado, nem  mesmo se o goal fosse a etimologia de gênero, e não a luta contra o papel desigual de ambos na sociedade. Cabe a nós lutar pela igualdade e não dar ouvidos a quem chama isso de utopia.
   
2 – Cultura De Estupro


----------------------------------------------

Por trás da Marcha -

Tá cada vez mais difícil questionar o poder que as marchas têm hoje em dia quando o assunto é desobediência civil. Sendo esse método de intervenção eficaz ou não, sabemos que não há processo seletivo algum pra quem quer participar dessas marchas. Não há restrição, petição, ou argumentos que te tire a chance de estar no meio de tantxs que querem levantar mais que um cartaz,  mas também a voz por uma causa antiga. Por trás da marcha estão , homens, mulheres, jovens, cadeirantes, straight edges, esquerdistas, ou curiosos atrás de uma experiência. Parte deles gritam alto as palavras de ordem e outra parte caminha junto sussurrando e prestando atenção naqueles que assistem a passeata, como eu mesma já fiz. Essa diversidade HUMANA é “tolerada” quando há um grupo de pessoas que luta por igualdade. Esse momento existe, é presenciado por muitos sem propósitos fictícios ou ideais utópicos. É preciso viver e ver muito pra estar por trás da marcha. Não que seja requisito, mas até que cheguemos ao ponto de atravessar um conjunto de paradigmas e regras e alcançar as ferramentas pra acabar com esse ultraconservadorismo inútil que por dia mata milhares de nós, é preciso mais de mil cabeças pensando, em agir. E é por isso que estamos também, à frente da marcha.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um pouco de "seriedade"

Bom, galera, antes de mais nada quero lhes pedir desculpas por não atualizar mais o blog. O tempo anda corrido e o final de semestre apertando. Tenho certeza que o mesmo ocorre com os outros membros. 
Decidi, então, voltar a postar no blog, principalmente depois que eu vi que no novo Lattes (pra quem não, sabe, lattes é uma plataforma da cnpq onde a gente coloca nossos currículos com nossas produções e eventos que participamos na academia. Para mais informações -> http://lattes.cnpq.br/ ) que podemos agora colocar nossos blogs como produção técnicas.

"A Plataforma Lattes representa a experiência do CNPq na integração de bases de dados de Currículos, de Grupos de pesquisa e de Instituições em um único Sistema de Informações. Sua dimensão atual se estende não só às ações de planejamento, gestão e operacionalização do fomento do CNPq, mas também de outras agências de fomento federais e estaduais, das fundações estaduais de apoio à ciência e tecnologia, das instituições de ensino superior e dos institutos de pesquisa. Além disso, se tornou estratégica não só para as atividades de planejamento e gestão, mas também para a formulação das políticas do Ministério de Ciência e Tecnologia e de outros órgãos governamentais da área de ciência, tecnologia e inovação." Retirado do site http://lattes.cnpq.br/

Eu particularmente fiquei muito feliz com isso, pois os blogueiros serão melhor reconhecidos, pois tem muita coisa boa que sai de blog. Ok, também sai muito discurso ridículo, preconceituoso e sem nenhum valor científico. Mas os blogs tem um valor importante nesse mundo de internet e ser reconhecido como uma produção já é um grande avanço.

Eu resolvi postar algumas das minhas produções e vou começar com o ultimo apresentado na XVII Semana Universitária. Informação e Tecnologia para a Sustentabilidade, promovido pela Universidade Estadual do Ceará. Ah, e pra quem quiser ver meu Lattes, tá aqui: http://lattes.cnpq.br/0527649303040324Ainda está pequeno, pois ainda estou no 4º semestre, mas tenho certeza que crescerá.

Bom, o nome do trabalho é Visão analítico-comportamental do cinema: a falácia do uso da obra “Laranja Mecânica” e exemplificações de análises em outras obras. Foi apresentado nessa semana e orientado pela professora Larissa Façanha.

Não vou postar o resumo, mas aqui vai sobre o trabalho. Provavelmente só entenderá, quem tem um pouco de conhecimento de Behaviorismo Radical:


Certo, antes de começar, eu vou falar um pouco sobre o filme para situa-los. O filme laranja mecânica é do diretor Stanley Kubrick e é uma das maiores obras dele, junto com 2001 e o iluminado. O filme é de 1972 e é inspirado num livro com o mesmo nome do Anthony Burgess.

O filme conta a historia de Alex, um jovem delinquente que recebe a proposta de um reflexogista russo para fazer um experimento e torná-lo bom. Só que a experiência mais tarde vem apresentar varias erros.
Bom, o objetivo e a metodologia.

O objetivo do trabalho é desmistificar o uso da obra como exemplo de behaviorismo radical, já que o que ela propõe é diferente do que o Skinner propôs. que propõe uma teoria mais contextual com o ambiente com práticas embasadas em análise funcional. A metodologia utilizada será a análise do filme, utilizando-se da análise funcional, buscando pontos no filme que desmistifiquem a sua comparação ao Behaviorismo Radical de Skinner e também mostrar que a analise do comportamento dá margem de análises pra muitos outros filmes.

Bom, o primeiro ponto que desmistifica essa visão da obra com o behaviorismo radical é que os experimentos tratam-se na verdade um clássico condicionamento pavloviano de reflexo condicionado e emparelhamento de estímulos através de filmes, drogas e música.

O que ele fazia era emparelhar o estimulo de violência com filmes com uma condição adversa. O individuo então associava esses dois estímulos.


O outro emparelhamento foi por acaso. Ele gostava muito da 9ª sinfonia de Beethoven e em um dos filmes tinha essa trilha sonora. Ele então associou os estímulos. Vídeo  violência, condição adversa. Isso acabou causando náuseas para ele.

Outro ponto mais simples é que o Dr. Brodski que aplica o experimento é na verdade um reflexologista sem nenhuma referência ao behaviorismo radical americano. Além disso, isso nos remete novamente ao reflexo condicionado de Pavlov.

Bom, mais um ponto foi as Relações contingenciais externas

Outro ponto da falta de uma visão behaviorista radical, foi o fato de não ter havido uma análise de uma relação contingencial da função que mantinha o comportamento agressivo. Por isso, Alex não continuou com o bom comportamento, voltando a ser agressivo. 

Alex foi jogado em um mundo hostil, sem nenhum ponto de apoio. Os cientistas alteraram seu organismo, mas não se deram conta das relações externas, que também condicionariam a personagem. 
Então, utilizando-se da tríplice contigencia do Skinner, foi feito uma análise funcional das seguintes categorias comportamentais. Praticar o ato violento e ouvir a música.

 "Laranja Mecânica" trata-se de uma crítica à sociedade coerciva, ignorando o indivíduo e sua devida subjetividade e nada se refere ao teórico behaviorista radical que admite a influência do meio e vai contra explicações mentalistas sobre o comportamento do sujeito.

O Behaviorismo radical dá margens de análise em diversas obras, mas, infelizmente, apenas as que tratam de temas de manipulação são associadas a teoria de Skinner. Serão dadas aqui, dois exemplos de obras contemporâneas e as margens de análises, utilizando a análise do comportamento. 

Meu malvado favorito

“Indicado para estudos de controle aversivo do comportamento, reforçamento positivo, reforçamento diferencial, aceitação do envelhecimento, gerontologia, efeitos da extinção do comportamento, inovação e criatividade, autoritarismo x flexibilidade, resiliência.”

Avatar

“Indicado para estudos macrocontingências, metacontingências, controle coercitivo e aversivo do comportamento, punição, contra controle, estudos sobre o amor, a paixão, analise funcional do ciúmes, responsabilidade social, responsabilidade ambiental, analises psicológicas de comportamentos religiosos.”

Referências

MOREIRA; Márcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. 224 p

ALENCAR; Eduardo Tadeu da Silva. Sobre Filmes, Desenhos & Analise do Comportamento.  Retirado de: http://videosparaensino.blogspot.com.br/

ALENCAR,;Eduardo Tadeu da Silva. Meu Malvado Favorito, 2010 .Retirado de: http://videosparaensino.blogspot.com.br/2010/08/meu-malvado-favorito.html

ALENCAR,; Eduardo Tadeu da Silva. Avatar, 2010 Retirado de: http://videosparaensino.blogspot.com.br/2010/01/avatar.html

REIS; Alessandro Vieira dos, 2007. Laranja Mecânica (experimento de condicionamento pavloviano). Retirado de: olharbeheca.blogspot.com.br/2007/12/laranja-mecnica-experimento-de.html